top of page

Visão Antropológica

O homem que tem fé conhece seus limites e reconhece que ele não pode fazer milagres. Em muitas causas, que o homem sente se incapaz de mudar a situação como de enfermidades, sente também a necessidade de se recorrer à fé em Deus. Nem todos humanos tem fé em Deus, mas todos buscam conhecer mais dele, pois querem saber de onde surgimos, e para onde iremos; essa busca ao conhecimento leva ao questionamento Deus.

​

Nos corredores e alas frias de hospitais, há pessoas questionando Deus, seja tendo fé e pedindo um milagre, ou somente se perguntando se Ele está vendo tudo àquilo que se apresenta ali. E em meio esses questionamentos o ser humano sofre, sente tristeza; e esses sentimentos o fazem desaminar, perder a fé não só em Deus, mas na vida.

​

Quando menos espera, surgem pessoas alegres, aquecendo o ambiente, mudando os semblantes; é como se os palhaços trouxessem um ar novo lá de fora, um pouco mais de oxigênio para respirar, que arranca sorrisos em meio à tristeza, insegurança, medo e a ansiedade; esses sorrisos vêm carregados de esperança e vontade de viver, e ver que a vida ainda está ali, que se pode ter fé novamente.

​

“Comprimidos aliviam a dor, mas só o amor alivia o sofrimento”
Patch Adams – O amor é contagioso, 1998

​

Escolhemos este tema aonde iremos mostrar como Deus atua no coração das pessoas, movendo-as a realizar ações, e doando seu tempo para fazer outras pessoas felizes. Dialogando no sentido homem-Deus no qual há uma conectividade entre pessoas, e doação de benefícios para ambas as partes.

​

“Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. (...)
Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”
(Mt, 5 7.9)

​

A misericórdia é abordada neste tema de forma em que as pessoas levam alegria para aqueles que necessitam de um pouco de amor, fazendo-as a “esquecer” seus problemas por um momento.

​

            “A misericórdia não é uma obrigação.
Desce do céu como refrigério da chuva sobre a terra.
É uma dupla benção: abençoa quem a dá e quem recebe”
Shakespeare - O mercador de Veneza, Acto IV, Cena I.

​

Percebemos que além dos benefícios que os pacientes ganham com a interação com os palhaços, em devolutivas eles recebem também algo muito bom, algo que os fazem muito bem; a ponto de se sentirem realizados, criando assim uma relação de troca. Costumam dizer que isso não só beneficia aqueles que os recebe, mas também a eles que fazem que isso não seja uma obrigação, e sim uma forma de passar um pouco de amor.

​

“Os pacientes me ajudaram.
Fizeram-me ver que os ajudando esquecia de meus problemas.”
Patch Adams – O amor é contagioso, 1998

​

Todos os grupos de associações de palhaços que conhecemos no decorrer deste projeto, declaram ser devotos á Deus, e dele tirar suas forças e fé no trabalho que desenvolvem. Esses voluntários sentem a necessidade de ajudar o próximo e tem como missão levar o sorriso para pessoas afligidas.

​

“O amor, por sua natureza, é comunicação: leva a abrir-se, não se isolando.
E, se o nosso coração e os nossos gestos forem animados pela caridade,
pelo amor divino, a nossa comunicação será portadora da força de Deus.”
FRANCISCUS, Comunicação e Misericórdia: um encontro fecundo

​

Independentemente de termos ou não uma religião, ou uma definição de Deus, o homem busca o seu “ser mais” com conhecimento do outro, e tem dentro de si que fazer “o bem”, é bom. Fazer “o bem” lhe aproxima do que é o melhor do ser humano, e para os que creem, aproxima-lhes de Deus.  

bottom of page